quinta-feira, 13 de maio de 2010

Banalização do sexo entre os adolescentes.



por Cláudia Piasecki

E a polêmica sobre o comportamento sexual dos adolescentes relacionado às pulseiras do sexo continua.
Discute-se a possibilidade da proibição do uso das pulseiras; como se a proibição pudesse frear tal prática. Se o governo junto as escolas proibir as pulseiras, certamente surgirá outro objeto simbólico.
A questão mais relevante é: O que leva os adolescentes a usarem as pulseiras do sexo? O que eles estão buscando com isso?
Estão buscando serem aceitos pelo grupo! E fica claro que a prática sexual está ligada a aceitação ou não do grupo.
Segundo Albertina Duarte, pesquisadora e ginecologista conceituada, relatos de meninas em seu consultório de 12/13 anos (note a precocidade) que se sentem excluídas pelo grupo, por não serem tão atraentes, ou por estarem acima do peso, etc, dizem que quando começaram a usar as pulseiras, os meninos que antes nem sequer sabiam de sua existência, começaram a se "interessar" por elas. Mas esse interesse súbito, só se deu pela disponibilidade que o uso das pulseiras "oferece". Ou seja, se a garota está usando a pulseira preta, por exemplo, quer dizer que ela está disponível para o sexo.
Segundo relatos das meninas pacientes da Dra. Albertina Duarte, o que elas realmente queriam era serem olhadas, notadas, com uma conotação afetiva.
Os garotos se aproximam, sem sequer saber o nome delas, muito menos "olham" para elas.
Isso significa que apesar das mudanças comportamentais que ocorreram nos últimos anos, alguns comportamentos ainda permanecem. A mulher ainda age querendo agradar o outro. Ela quer ser aceita, mas muitas vezes não está satisfeita, ou não se satisfaz com essas práticas, mas acaba agindo de maneira contrária ao seu próprio desejo para satisfazer o outro. A prática da conquista está desaparecendo, a busca pelo carinho e afeto também.
Fica a pergunta: Até quando essa prática em busca do prazer, prática mecânica, fria, sem nenhum vínculo afetivo vai perdurar? E em que isso tudo vai resultar?
Um dado importante, e ao mesmo tempo alarmante: essas relações sexuais nem sempre acontecem com o uso de preservativo. Talvez a maioria delas acontecem sem o uso do preservativo, dado a rapidez e frivolidade das relações, que geralmente acontecem em lugares que não proporcionam nenhum conforto e nem tempo suficiente para qualquer demonstração de carinho após o término. O resultado é a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis, quando não uma possível gravidez.
São muitas questões a serem levadas em consideração, questões sociais, culturais, psicológicas, comportamentais, saúde, entre tantas outras.
Mas acredito que mais importante seja a informação para esses adolescentes; Do risco de contaminação que estão correndo!
Acredito também que o comportamento dos adolescentes reflete o momento que as famílias estão vivendo atualmente.
Busca pelo prazer através do consumismo, busca do dinheiro pelo dinheiro, pouquíssimo investimento na família, nos filhos, em conhecer quem é seu filho, o que ele pensa, o que ele deseja.
O tempo dedicado a troca de afeto, a troca de idéias e informações, de diálogo, deveria ser não só de boa qualidade, mas também de maior quantidade. Pois, se dedicássemos aos filhos um terço do tempo que dedicamos buscando bens materiais e satisfação através dos mesmos, sem dúvida teríamos bem menos problemas relacionais e poderíamos ficar mais confiantes de que os filhos adolescentes estariam buscando relações saudáveis, através do afeto, e provavelmente diminuiria tal comportamento perverso dos jovens.
Os adolescentes estão dedicando qualidade e quantidade as suas relações na mesma proporção em que estão recebendo. Quanto mais rápido e menor contato "melhor". Não é necessário criar vínculos.
É ou não é reflexo do que vivenciam em suas casas?
É necessário reflexão! E mudança de atitude por parte dos adultos. Não adianta nos alarmarmos com o comportamento dos nossos filhos e querer mudá-los, sem que haja uma mudança daqueles que simbolizam o modelo primordial.
Pense nisso!!

Mês de maio. Mês das Mães.



por Cláudia Piasecki

Maio é considerado mês das mães e mês das noivas. Muitas mulheres escolhem se casar neste mês seguindo essa tradição.
Basicamente podemos considerar que é um mês dedicado às mulheres.
Quando nos referimos ao dia das mães, estamos nos referindo àquelas mulheres que na sua maioria sonharam em encontrar um grande amor e em realizar o desejo de ser mãe.
Talvez, não seja por acaso, que este mês seja dedicado à elas, pois o desejo de ser mãe está intrinsicamente ligado ao desejo de constituir uma família, perpetuar a história das famílias daquelas duas pessoas que se uniram.
Para mim, comemorar o dia das mães é comemorar duplamente o dia da mulher, as mães do século XXI, são mães arrojadas, que tem tripla jornada, sofrem grande exigência de resultados no mercado de trabalho e no "mercado" do lar também. E muitas infelizmente não têm o respaldo de um companheiro para criar seus filhos.
A mulher é aquela que assume vários papéis, que tem várias facetas, mas é claro, não podemos esquecer daqueles que também fazem o papel de mãe, sem nunca terem passado pelos nove meses de gestação, e sem nunca terem sofrido mudanças hormonais e corporais, mas que recebem com muito amor aquele pequeno ser em seus braços, que vai mudar completamente suas vidas. Existem muitos pais "modernos" que se dedicam aos filhos, a esposa, e a família de maneira como nunca vimos antes. Também não podemos esquecer que no dia do casamento, ele que parece ter um papel tão pequeno, diria eu, coadjuvante ao da esplendorosa noiva que é o centro de todas as atenções, é um "personagem" imprescindível para a construção da história de uma nova família, de um novo lar. Sim, sabemos que existe um dia dedicado à eles, os pais, mas acredito que nos dias de hoje, mães e pais devem cada vez mais dividir as tarefas, dividir às responsabilidades relacionadas à educação dos filhos e tentar encontrar um caminho de respeito que leve ao equilíbrio da família, com muito amor, é claro! Aliás, este não pode faltar. Uma relação só se sustenta através do amor, se há amor, há também respeito, admiração e o desejo de fazer o melhor.
Nesse mês em que comemoramos o dia das Mães, gostaria de deixar uma mensagem de carinho à todas as mães que amam seus filhos incondicionalmente, e a todas aquelas pessoas que num gesto de amor e dedicação adotaram crianças e criam como seus. E também à todos aqueles que fazem o papel de cuidadores desse bem tão precioso, que são os filhos. Que vão dar continuidade a nossa história.
PARABÉNS!!