quinta-feira, 8 de julho de 2010

Violência contra à mulher



por Cláudia Piasecki

Tenho assistido alarmada aos noticiários de televisão nos últimos dois meses.
Dois assassinatos brutais contra mulheres têm tomado conta do cenário das notícias bizarras que chegam ao nosso conhecimento todos os dias.
O primeiro caso foi contra a advogada Mércia, o ex-namorado é o principal "suspeito" da sua morte...o segundo caso foi o da modelo Eliza Samúdio, ex-amante de Bruno, goleiro do Flamengo.
As duas vítimas foram brutalmente assassinadas, sem a menor chance de se defender.
O que está se passando na nossa sociedade?
Assisto a tais notícias indignada!!
Será que esses criminosos contam com a impunidade que é corriqueira na justiça do nosso país?
Um, é goleiro bem sucedido, o outro, é advogado e ex-policial.
Infelizmente, sabemos que dinheiro e poder são componentes que "anistiam" os criminosos de punições porque fazem parte de uma "elite".
E os casos de "Mércias" e "Elizas" que são mortas todos os dias pelos seus companheiros de maneira violenta e covarde? São crimes que muitas vezes nem sequer aparecem na mídia. Não estão no cenário dos crimes que se tornam conhecidos pelo país todo, e até fora do país, mas que são tão dolorosos e causam tanta indignação e sofrimento às famílias que perdem suas filhas, suas mães, irmãs...
A dor é imensurável, a indignação também, pois a justiça geralmente é muito tardia, causando um sentimento de grande vazio e de abandono nos familiares das vítimas, que só desejam que a justiça seja feita, porque a vida do familiar querido, não têm como resgatar mais.
Então me pego pensando...será que não existe mais diálogo entre as pessoas? As diferenças têm que ser resolvidas assim...com a morte? Violência, agressão, humilhação, desprezo!
Realmente vivemos tempos difíceis...
Espero que não nos acostumemos com tais acontecimentos. O sentimento de indignação deve permanecer, pois nos leva a refletir e a continuar lutando contra a violência dirigida a mulher.
Que esses casos que hoje nos deixam estarrecidos, sirvam ao menos para que as leis sejam mais severas contra os assassinos de mulheres e que a justiça, realmente seja feita, inibindo outros possíveis assassinatos. Não importa quem seja o assassino...se é famoso, conhecido, rico ou pobre. A justiça é para todos, o cumprimento das leis também. Todos os criminosos devem ser punidos pelos seus crimes rigorosamente de acordo com a lei.
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Cláudia Maria Piasecki
Psicóloga Clínica
CRP 08/10847
cmpiasecki@bol.com.br