quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

GENTILEZA



por Cláudia Piasecki

A gentileza e a compaixão são alguns dos principais fatores que dão sentido à vida. Elas são fonte de felicidade e alegria. Elas são os pilares da generosidade, a virtude de quem age movido pelo desejo de ajudar os outros.
Quando somos gentis e empáticos com os outros, na verdade, nos beneficiamos a nós mesmos, como dizia o Profeta Gentileza: "Gentileza gera gentileza."
Vivemos numa época onde o tempo vale dinheiro, na verdade os americanos iniciaram essa ideia "Time is Money", e o mundo tornou-se capitalista e muito mais frio, os sentimentos valem bem menos do que o dinheiro, ter é mais que ser.
É necessário que façamos uma reflexão, o ser humano evoluiu sim, aliás, o ser humano criou coisas espetaculares, basta olharmos do alto de qualquer arranha-céu de uma grande cidade e podemos notar a capacidade do homem de criar e construir. O homem no decorrer da história criou obras de arte magníficas, que atravessam os séculos, livros com histórias que nos encantam por anos e que são também contadas através de séculos, mas infelizmente o homem fez e faz guerras, diz ser em nome da paz. Páginas sangrentas da história que não podemos esquecer, para que a humanidade não permita que tais atrocidades sejam repetidas.
Mas a impressão que tenho é que a humanidade não está mais tão sensível a determinados acontecimentos violentos, a frieza é mais contagiante do que o calor humano.
Se a sociedade sofre, nós também sofremos. Quanto mais hostilidade abrigarmos, maior é nosso sofrimento. Sendo assim, não podemos prescindir da gentileza e da compaixão.
A gentileza tem a ver com tudo que nos é mais sensível e íntimo. É um aspecto de nossa natureza que normalmente não expressamos integralmente, por medo de sermos atacados, ridicularizados, ou manipulados. Sofremos mais quando deixamos de expressar sentimentos de gratidão, de afeto, honestidade, quando não perdoamos, quando não respeitamos os outros, quando somos impacientes, quando não praticamos a generosidade, quando somos inflexíveis.
Se alcançarmos esse núcleo delicado, todo nosso mundo afetivo ganhará vida nova, e estaremos abertos para infinitas possibilidades de mudança.
A gentileza é urgente em nosso relacionamento com as pessoas e com o meio onde vivemos. A natureza e o meio ambiente têm sofrido com a falta de respeito do ser humano, e novamente sofremos todos, e se não tratarmos a natureza com a gentileza e a reverência que ela merece, acabaremos intoxicados por nosso próprio veneno.
Sim, a gentileza está diante de nossos olhos e ao alcance de todos. A oportunidade de acertar o que está errado ou de ajudar alguém se apresenta a cada momento e, se reagirmos de acordo, afirmaremos os sentimentos mais verdadeiros e os mais altos valores que a vida é capaz de dar.
Não existe a escolha entre ser gentil com os outros e ser gentil consigo mesmo. Porque, na verdade, não existe diferença.
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Cláudia Maria Piasecki
Psicóloga Clínica
CRP 08/10847
9856-8944

Um comentário:

  1. Olá Cláudia, tudo bom?
    Gostei muito do seu texto!
    Sou estudante de Psicologia e estou fazendo um trabalho e escolhemos o tempo da gratidão pela gentileza...ainda estamos bem "crus" e gostaria de saber se você pode me indicar material para pesquisa e estudo.
    Meu email é luanafiorato@hotmail.com.
    Se você puder me ajudar, ficarei muita grata!
    Obrigada desde já!

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